E depois das obras...

Dizia-me um antigo professor: "Obras são sinal de progresso".
A partir dessa altura, passei a ver com outros olhos as obras que as autarquias faziam, mesmo que incomodasse a nossa mobilidade ou outro direito qualquer.

No entanto, tendo a complicar essa aceitação.
Muitas das vezes as obras são mal feitas. E em vez de evoluir, passa-se quase o contrário.
É o que acontece com algumas obras feitas com o saneamento e abastecimento de água pela empresa Águas do Ave ou suas subcontratadas neste concelho.
Depois de abrirem os buracos feitos na via pública para colocar a tubagem, não se deveria notar a sua passagem.
Ora... concluido o seu trabalho, o re-asfaltamento é feito à pressa e de maneira pouco profissional.
Veja-se nas fotos seguintes, tiradas perto da ponte nova que liga Vizela a Felgueiras:

Em dias de chuva chega a acumular várias poças de águas com consideráveis dimensões. O que torna perigosa a circulação automóvel.
Quem por ali passa, tende sempre a utilizar a faixa da esquerda devido ao mau piso da direita.
Pelo que parece, depois de re-asfaltada a seguir à obras, foi necessário uma intervenção que corrigisse o re-asfaltamento. Mesmo assim não ficou bem, como as fotos demonstram.
O pior, é que são vários os locais em que isto acontece (felizmente com menor gravidade).
Por isso se pede a que à autarquia esteja atenta a estes casos e exija que as obras fiquem bem feitas e se reparem as em mau estado. Se os contribuintes pagam, ao menos que paguem para que o serviço fique bem feito.

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    # by David Lopes - 4 de maio de 2009 às 15:57

    Boas tardes,
    Concordo contigo, as obras ás vezes deixam muito a desejar, devido à má programação das mesmas, por exemplo se notarmos o que acontece em algumas estradas depois de prontas e com as marcas de pavimento implacáveis vem logo a trás as obras de gás ou agua por em mais condições as nossas vias.
    parabéns pelo blog.
    David Lopes

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    # by DMCR - 16 de maio de 2009 às 17:30

    A velha frase "obras são sinal de progresso" deixou de fazer sentido à muito, muito tempo atrás... Hoje em dia penso mais assim como "obras são sinal de alguém sai a lucrar com isto e não sou eu um mero contribuinte!".
    Ora veja-se o exemplo da minha rua... há uns anos atrás a minha pequena rua era toda ela em empedrado, pouco cómodo para a circulação, mas tornava a rua bonita e com um look mais antigo.
    Mais tarde com as obras de saneamento, mudou-se o piso e toda a rua passou a estar alcatroada. Até aqui, nada de novo.
    O problema é que duas semanas, repito, duas semanas depois estavam a abrir novamente a estrada, desta vez com um conjunto novo de máquinas para abrir o alcatrão. Fiquei estupefacto por em tão pouco espaço de tempo estarem a fazer novamente obras na estrada. interroguei o encarregado de obra sobre o que se passava e porque estavam eles a abrir a estrada novamente. A resposta:"porque da primeira vez nos esquecemos de meter um tubo." Desculpem? Esqueceram-se? Não é suposto ser um serviço planeado e profissional? Lá fizeram as obras e no fim o dito remendo ao alcatrão.
    Diga-se que até ficou bem feito o remendo.
    Uns tempos depois, não sei precisar exactamente quanto, mas por volta de maio ano depois, lá veio outra empreitada, para abrir a estrada e voltar a colocar um tubo esquecido.
    Desta vez, o remendo foi desastroso.

    Conclusão, no meio de tantas obras e de tantos esquecimentos, alguém fica a ganhar dinheiro... Eu não sou de certeza!

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    # by Miquelina - 9 de junho de 2009 às 01:35

    Todas as obras de abertura, construção e pavimentação de novas e velhas vias deviam prever a colocação de infra-estruturas e/ou negativos, tanto para águas pluviais, distribuição de água, saneamento, gás, telecomunicações, electricidade (no caso dos cabos serem enterrados), e outros que eventualmente possam existir. Ou então executar verdadeiros túneis como nos estados unidos ou em frança, onde qualquer empresa podesse aceder sem ter que danificar o pavimento na superfície, ou ainda colocar este tipo de infra-estruturas nos passeios para que as intervenções fossem mais fáceis e a reparação mais barata. Mas os políticos preferem gastar duas ou três vezes o dinheiro dos contribuintes, ou então deitam as culpas para as entidades como a edpgás, edp, vimágua, pt comunicações, etc. Até parece que não são os municípios a negociar este tipo de obras com essas entidades. Vá se lá entender!